CFQ faz alerta de segurança sobre incidentes envolvendo monóxido de carbono

Um casal de jovens foi encontrado morto dentro de um veículo em Itaguaí, no Rio de Janeiro, na primeira segunda-feira do mês de julho, dia 1º. As investigações do caso apontam para a hipótese de morte acidental. Uma das suspeitas é que as vítimas tenham morrido por intoxicação por monóxido de carbono, gás gerado a partir da queima de combustível pelos veículos automotores.

Segundo o analista químico do Conselho Federal de Química (CFQ), Diego Freitas, no processo respiratório, as hemácias presentes no sangue humano se ligam normalmente ao oxigênio presente no ar que respiramos. Entretanto, quando esse ar está contaminado com monóxido de carbono, essas hemácias se ligam fortemente a essa molécula, causando uma asfixia química.

“Quando a pessoa inala monóxido de carbono pelas vias aéreas durante a respiração comum, esse gás não sai facilmente do corpo e, se for inalado em grandes quantidades, pode causar a morte por intoxicação decorrente da asfixia”, explica.

Freitas esclarece, ainda, que uma das maneiras de evitar a contaminação por monóxido de carbono em veículos é manter as revisões periódicas e preventivas em dia e evitar utilizar veículos ligados por períodos prolongados em ambientes confinados.

“Caso observe algum sintoma de sonolência ou prostração durante o trajeto, especialmente se o ar-condicionado estiver ligado no veículo, abra as janelas e permita uma ventilação adequada do ambiente climatizado para os passageiros”, aconselha.

Mais um caso
Outro caso ocorreu no início do ano, quando quatro jovens também faleceram dentro de uma BMW na rodoviária de Balneário Camboriú, também vítimas de asfixia por monóxido de carbono. De acordo com a investigação, o vazamento do gás ocorreu devido a modificações irregulares no sistema de escapamento do veículo.

“Utilizar carros em ambientes confinados ou sem troca adequada de ar pode gerar intoxicação por monóxido de carbono. Essa intoxicação também pode ocorrer caso o veículo apresente algum vazamento que contamine o sistema de climatização interna”, reforça Diego.

Orientações
O analista químico também orienta que a mesma precaução vale para residências que possuem sistemas de aquecimento a gás, de água e de climatização, já que tais ambientes também utilizam a combustão como forma de aquecimento.

“Caso haja algum sintoma de sonolência em uma residência, é importante abrir as janelas e garantir a ventilação adequada. Além disso, é altamente recomendável o uso de detectores de monóxido de carbono em habitações ou cômodos que utilizem aquecimento a gás”, finaliza.

Fonte: CFQ